28.10.15

Porquê que Nezushi arrebatou a minha vida?


Ora, eu decididamente não me farto de analisar No.6, tanto quanto de procurar material de fã nos cantos mais recônditos da internet, então mesmo que não seja um blog muito grande, fico feliz por ter criado o Reunion will come. O que trago hoje são alguns tópicos sobre o porquê de No.6 - mais especificamente, a dupla dos protagonistas - me ter tocado tão profundamente. Nezushi é TÃO poderoso para mim que poderia passar semanas a falar deles, reflete de uma maneira incrível aquilo que eu mesma penso sobre como uma relação realmente deveria ser, distinguindo-se completamente de qualquer romance OU histórias não românticas mas englobando uma pequena sidestory romântica que tenha lido até hoje e que imagino que alguma vez vá chegar a ler. O que vou dizer baseia-se principalmente no mangá e na novel, mas por sorte o anime até retrata algumas coisas sobre o relacionamento desses dois minimamente bem (já que não se pode dizer o mesmo do resto do plot).


Os motivos que me levam a adorar Nezushi são baseados principalmente na forma como o relacionamento é representado. Representatividade é uma palavra que eu considero fulcral, e vejo como uma chave para mudar o mundo. Cá vão eles:

» Há quem lhe chame shounen-ai por ser um romance leve, há quem chame yaoi por causa dos dois beijos apresentados, o que é certo é que não há "putarias" e que os dois beijos não são simples fanservice, são significativos. Contudo, detesto quando as pessoas dizem coisas como "No.6 é o meu yaoi/shounen-ai favorito". Felizmente, encontrei fãs que partilham da mesma opinião que eu, e que se esforçam por reforçar os motivos de não merecer ser "limitado" a essa classificação. De facto, o anime dá um maior ênfase ao lado do romance, deixando a trama para um plano minúsculo, mas ainda assim, e embora o romance seja necessário para a história seguir o seu rumo, não é o foco. O romance apresentado é yaoi (portanto, são dois homens), mas a história não o é. Isso fica bem mais claro no mangá ou na novel. E de qualquer modo, em nenhum dos seus formatos (original ou adaptações) recebe essa classificação, embora as classificações oficiais (shoujo, the hell?!) passem muito ao lado. Já a autora diz que o escreveu com a intenção de escrever um Yound Adult, algo com o qual concordo já quase na totalidade. Na verdade, eu diria que No.6 tem um pouco de todos os géneros e eu adoro isso, embora não tenha nada a ver com o ship. Próximo tópico ;)

OBS: Não estou a dizer que o romance não seja importante para mover a obra! Apenas quero dizer que é desenvolvido de maneira a não focar na sexualidade (isso sim, incidental, mas o romance em si é propositado e uma peça importante do enredo) - do género: se fossem os dois perfeitamente héteros, em nada isso afetaria a história. Mas para todos os efeitos, o romance serve o propósito de nos apresentar a temáticas socio-políticas e ambientais. Explicação detalhada aqui: www

» Precisamente graças ao ponto anterior, as personagens nunca perdem a sua individualidade. Em quase todas as histórias românticas, sempre que duas personagens se apaixonam, começam a ser tratadas como se só existissem uma para a outra, como se fossem o que fossem pela outra, como se pouco mais houvesse fora das suas cabeças a não ser o amor. Então, quando a história é sobre duas personagens gays, elas são tratadas como gays e pronto, como se a palavra gay incluísse tudo o que elas são, quando a sua essência estende-se para lá disso. Nem é preciso ir tão longe, nem é preciso abordar histórias com relacionamentos homossexuais, nos heterossexuais passa-se o mesmo. É algo que me deixa um nadinha desapontada nos próprios shoujos ou em livros/filmes/séries/whatever românticos: mesmo quando as personagens estão a fazer algo incrível, é sempre em prol das pessoas amadas, como se não pudessem fazer algo por si próprias simplesmente porque sim, ou por algum desconhecido, como se não houvesse mais nada, algo semelhante a "problemas reais" (como pobreza, lutar por tirar boas notas na escola ou por sucesso no trabalho, remar contra as ideias ou normas impingidas pela sociedade, ajudar alguém mesmo sabendo que nunca mais se verá essa pessoa na vida) fora da sua cabeça. É verdade que em muitos adolescentes isso realmente não existe, mas eu vejo isso como um problema, como se transmitisse a mensagem cliché de "O amor supera tudo" e "Está tudo bem em viver só pelo amor". Não, não, e não. Para mim, uma pessoa madura é uma pessoa que consegue preocupar-se com as coisas que não estão dentro do seu próprio círculo, que se preocupa com algo além do seu próprio mundinho e dos seus próprios relacionamentos. E com isso concluo que quase todas as histórias românticas são imaturas e pouco adultas, não totalmente, é certo, e isso não as torna inferiores ou menos agradáveis, mas faz-me questionar o porquê de tão poucas obras representarem o contrário. Em No.6, a individualidade das personagens e toda a realidade à sua volta nunca é esquecida, e uma das coisas que eu mais admiro é como a autora nunca vacilou em representar esse "todo" e essa "complexidade" delas até ao final - aliás, o final ainda acentua mais o como, às vezes, querer fazer algo de útil pelo mundo é mais importante que o apego que se sente por alguém, já que o Nezumi parte, e Shion fica para cuidar da cidade, tendo prometido fazê-lo pelo bem dos habitantes. 

» O romance é extremamente natural e, palmas, nada adolescente. Quando me refiro a um romance adolescente, refiro-me a um romance cheio de beijos intensos, confissões constantes ou recusas estúpidas por parte das personagens em admitir que se amam, encontros, rostos corados, borboletas no estômago, enfim, tudo é tão meloso e exagerado e absoluto e indeciso que me irrita um pouco. Quando duas pessoas começam o namoro, é normal que se sintam assim, mas à medida que aprendem a viver juntas, o amor que sentem uma pela outra é transmitido através de atos menos "acesos" e mais dignos do quotidiano, à base de partilhas, discussões até, da presença um do outro sem implicar contacto físico, dos silêncios, das fases em que "ok, eu gosto muito de ti, mas agora estou ocupado a fazer/pensar noutra coisa". Nezushi salta logo para essa segunda fase. Nunca há sequer uma declaração, nem creio que os dois se considerassem namorados, apesar de haver dois beijos. Mas é inegável que os dois se amam, por todo o apoio na base da relação entre eles. Tudo na maneira como eles se entendem me parece tão maduro e pouco irritante que eu quase me emociono ao falar assim, porque é a maior desgraçada RARIDADE de se ver. Além disso, como a própria autora disse numa entrevista, ela não gosta de fazer uma grande distinção entre amor e amizade, e sim, isso vê-se neles. Até se poderia dizer que eles são além de "namorados" e amigos, também irmãos, rivais em certos pontos e muitas outras coisas, tantas que é impossível nomear. Gostar de alguém não significa apenas "amar" e sentir paixão, um laço de verdade atinge níveis além desse, atinge níveis mais duradouros e menos "explosivos". Considerando a história e personalidade da dupla, e mesmo o facto de eles não se verem realmente como namorados, é previsível que eles não andariam propriamente a pegar-se na rua. Mas, mesmo que esse detalhe tenha visto por arrasto, também traduz uma sensação mais adulta. O que une as pessoas deve ser sentido, não ostentado. Se duas pessoas se beijarem na rua de forma espontânea e com as suas próprias razões, tudo bem, mas agora andar grudados e aos beijos apenas para exibir o relacionamento é possessivo e quase infantil. Para isso, ficava mais fácil tirar foto, dá para mostrar a toda a gente, só se perde tempo uma vez e é mais leve carregar uma foto do que o namorado ou namorada para todo o lado. Andar aos beijos só para provar o namoro sempre me pareceu algo falso e mesmo fútil.

» Outro dos motivos que me leva a considerar essa relação nada adolescente é o espaço para crescer que eles oferecem um ao outro. Não me refiro a espaço físico, embora também não seja inteiramente mental. Estou a pensar numa frase bastante popular no facebook que diz algo assim: "Dá à pessoa que amas asas para voar e raízes para voltar." Raios, encaixa perfeitamente no final. Eu tentei interpretar os motivos que levaram Nezumi a ir embora aqui {www}, o certo é que ele precisava de tempo para clarificar os seus próprios pensamentos e viajar foi a forma que arranjou de o fazer. Embora isso tenha custado imenso a Shion, que permaneceu na cidade decidido a cumprir o seu dever, ele permitiu que Nezumi fosse embora sem objetar demasiado e sem grande choro, compreendendo que se voltariam a encontrar se assim tivesse de ser, e que Nezumi estabilizaria e permaneceriam juntos se o próprio chegasse à conclusão de que desejava fazê-lo após ponderar todos os prós e contras e por vontade própria. Não por parecer conveniente, não por medo de magoar Shion, não por se sentir preso a ele, não no calor das emoções do momento (e devo dizer que o que eles sentiam não era apenas amor, na verdade, Nezumi tinha até um certo medo de Shion, como eu abordei na análise linkada acima), não porque "o mal foi derrotado e agora posso dar-me ao comodismo", não sem antes parar para pensar. Não é assim que as coisas funcionam. Eles tinham desenvolvido um laço forte, mas parte do motivo de estarem juntos até ao momento foi por necessidade. Sem essa necessidade, é preciso ver se o sentimento que resta é forte que chegue para os manter unidos ou se poderá fazer as coisas azedar com o tempo. Shion deixou Nezumi partir, e tenho a certeza de que o receberá se quiser voltar.

» São dois homens, e isso é perfeito em termos de representatividade, além de ser ainda uma certa crítica à homossexualidade (Se eu tinha de dizer o óbvio? Sim) e, como eu disse anteriormente, mostrar personagens gays sendo algo mais do que gays. Porém, se fossem rapaz e rapariga, ou duas raparigas, eu não opunha. Embora eu considere que serem do mesmo género é um ponto extra, pelas razões já citadas e por eu ser de certa forma fujoshi [mas não o era quando vi No.6 pela primeira vez, e acreditem que não é uma obra para o público fujoshi]. O meu motivo para os amar está na maneira como eles se entendem, não no facto de ser yaoi. Penso até que rotulá-los como gays pode ser entrar sem pensar nas coisas que a sociedade nos faz ver. Muita gente poderia dizer que Shion era realmente gay por nunca ter mostrado interesse por rapariga nenhuma, e que Nezumi era bissexual por nunca parecer desinteressado pelo sexo feminino. Mas a verdade é que Shion nunca mostrou interesse também por mais homem nenhum, e que Nezumi, apesar dos comentários, nunca teve realmente um relacionamento com ninguém, receando a proximidade e desconfiando de que tudo o que os outros soubessem sobre ele, pois poderia ser usado para o manipular. Então eu acho que eles não pensaram nem por um momento na questão do género, acho que eles nunca viram isso como um detalhe importante, e que nunca se questionaram sobre a sua própria sexualidade. Pois no aniversário de 12 anos do Shion, ao conhecerem-se, tinham acabado de encontrar a única pessoa que poderia atraí-los e alcançar os seus corações. Bem que estou a colocar isto de forma tão poética que até enjoa, mas No. 6 é uma das poucas histórias em que eu considero que as personagens NUNCA poderiam ficar com mais ninguém, e mesmo que, enquanto separados, possam eventualmente tentar relacionamentos com outras pessoas (quer homens, quer mulheres), tenho a certeza de que não sentirão o mesmo apego emocional, nem a mesma completude. E isso é bom, adoro poder dizer que os apoio juntos independentemente do género de que são, adoro poder dizer que os vejo PARA ALÉM do género. Na verdade, a autora é genial ao representar essa insignificância da questão do género, já que ninguém sabe se Inukashi é rapaz ou rapariga mas não deixam de a achar carismática, e numa entrevista, a autora disse:

"It's not just restricted to male characters - I rather like writing about relationships between people of the same sex. When you write about opposite sexes who are drawn to each other, you typically end up with them falling in love, or (becoming) husband and wife... To a certain extent, there is a fixed 'template'. But if you write about people of the same sex, a relationship that you can't express with words like friendship, comradery, love or hate is born. I think that there is great value in writing relationships where you can't draw lines like that. Between Shion and Nezumi is a 'unique relationship' born of particular conditions and particular experiences, something that only they have. I wanted to write it because I wanted to know what that relationship would be. Of course, such 'unique relationships' can be formed between people of the opposite sexes too. It's not like we get 'mass-produced' feelings whenever two people meet. But I really feel that what's really interesting to write about are the 'original' feelings that come from relationships between people of the same sex."
- Asano Atsuko {entrevista completa em inglês}


E pronto, digamos que é tudo. A relação entre Shion e Nezumi é profunda, mas conseguida através de detalhes muito simples, e a mais bela que alguma vez vi. Todos os links que deixei aqui são um quanto importantes, e termino com mais um, uma análise do ship que achei e traduzi do blog The Classy Shipper e que menciona pontos que eu tentei pular aqui - para não ser repetitiva e acrescentar o meu próprio ponto de vista - mas ainda assim muito importantes: www

Jaa!

9 comentários:

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    3. P.s: Desculpa aos vários comentários eliminados, é que eu tinha divido completamente errado o meu comentário (fiz uma bagunça aqui e.e'''''')

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  2. MUAHAHAHAHAHAHAHA FINALMENTE BROTANDO POR AQUI \O/

    Okss, por onde diabos eu começo!?.....Primeiro: COMO ASSIM NO.6 NÃO É PARA O PÚBLICO FUJOSHI!? '-' Gente, meu mundo caiu agora!........Okss, sempre tive essa sensação, afinal fujoshis (a maioria) só curtem aquelas putarias sadomasoquistas com "Nosso amor e purpurinas gays vencem tudo e todos" e como No.6 é tudo menos isso, sempre imaginei que não fosse exatamente para o público fujoshi, mas como assim ele pode também ser classificado como SHOUJO!?......Gente, já não sei mais qual é o sentido da minha vida!

    Pois bem, sobre "O romance apresentado é yaoi (portanto, são dois homens), mas a história não o é" THIIISSSS SUPREMO! Aliás, eu concordo com 120% nessa história de que No.6 possui um pouco de cada gênero! É difícil classificar No.6 em alguma categoria, desde o romance, enredo, personagens, tudo! É algo único, é como se o fato de No.6 ser No.6 já fosse uma classificação própria (não sei se me entendeu, mas enfim...). É algo que vai muito além do romance "Nos amamos e vamos vencer tudo juntos", mas ao mesmo tempo em momento algum ele abandona os sentimentos de cada personagem.

    "Então, quando a história é sobre duas personagens gays, elas são tratadas como gays e pronto, como se a palavra gay incluísse tudo o que elas são" ANY-CHAN SINTA-SE ABRAÇADA PORQUE MANU, LACROU COM ESSA FRASE! EXATAMENTE ISSO! Tipo, só porque os caras são gays parece que é obrigado a rolar putaria, que é obrigado ter o seme e o uke, que é obrigado ter aquela velha coisa de "Somos homens queremos nos comer, mas ao mesmo tempo penso que meu parceiro ficaria melhor com uma mulher"...........Aliás, desfocando um pouco, só eu acho isso meio contraditório!? Porque tipo, nesses yaois genéricos eles levam a questão de serem gays como uma lei universal, como um destino divino, porém se eles são gays, eles só vão se apaixonar por homens (seguindo as coisas bem ao pé da letra), portanto eu não entendo esses surtinhos e ciúmes quando aparece uma mulher no meio da história, porque tipo....Se ele curte homens, ele não vai querer mulheres, porque se ele quisesse mulher ele seria hétero e não gay '-' (obviamente estou levando em consideração apenas o fato de serem gays, desconsiderando a parada da bissexualidade, já que geralmente nos yaois só existem gays e as outras sexualidades simplesmente somem).

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    1. Okss, mas focando em Nezushi! "Está tudo bem em viver só pelo amor" Acho essa uma das coisas mais importantes no casal, porque eles não buscam a felicidade apenas no amor! Eles buscam a felicidade deles em várias coisas, desde seus gostos pessoais, até aos amigos, famílias, sonhos e coisas do tipo. Muitos romances colocam o amor como a única fonte de felicidade, ou pior, colocam o RELACIONAMENTO como a fonte sagrada de felicidade, no qual muitas vezes resulta numa sensação de que as personagens não se amam completamente e estão juntas apenas pelo relacionamento. MAS NEZUSHI conseguiu com tamanha delicadeza e sutileza mostrar uma variedade de sentimentos. Não só isso, os personagens se completavam mas ao mesmo tempo eram completamente diferentes e buscavam continuar com a sua individualidade só que sabendo aceitar a individualidade do outro!

      Eu confesso que como grande taradona por shoujos, obviamente eu caio de amores por essas declarações, beijos e coisas do tipo purpurinas e melosas! Porém, é como eu digo, Shoujo não passa de um clichêsão, mas tem aqueles que sabem desenvolver esse clichê de forma diferente! Por exemplo: Você pega um Strobe Edge e Honey X Honey Drops, o que você vê!? Romance colegial com declarações e rejeições, porém enquanto um consegue colocar uma delicadeza inexplicável nas cenas, o outro se apega a um monte de beijos e putaria exageradas! [Okss, desfoquei legal aqui, mas retomando o assunto]

      Enfim, mesmo que eu curta essa melosidades, tenho que admitir que adorei a forma como Nezushi foi desenvolvido! Algo completamente natural, sem exageros, mas que conseguiu passar os sentimentos que um tinha pelo outro! Afinal, não são os beijos e pegação que vão fazer o casal ficar junto e se entender e sim o dia-a-dia, como eles vão enfrentar os problemas, conviver com as diferenças, conciliar o que cada um pensa e quer!

      É como eu sempre digo: Esses dois mesmo longe estão sempre perto! O Nezumi pode criar um harém cheio de machos alfas e waifus, mas ainda assim o love eterno dele será o Shion, da mesma forma que o Shion também sempre terá o Nezumi como o love dele eterno <3 E eu acredito que a separação deles só reforçou isso mais ainda, a confiança que um tinha no outro! Porque pensa: Se eles tivessem alguma insegurança em relação ao outro, ou o nezumi desistiria de partir ou o shion iria dar surtinho! Pois, nos shoujos o povo já surta quando mudam de sala ou de escola, imagina numa separação dessas!? E sinceramente, eu tive um alívio imenso ao ver que o Shion entendeu o Nezumi, porque mesmo eu amando shoujos, tem mangakás que na hora de "mandar cada um para o seu lado" acaba fazendo uma tempestade num copo d'água!

      Enfim, como sempre você sambando no glamour com Nezushi! Esses dois são realmente uma gracinha <3 Apenas aguardando os próximos meses com a NewPop lançando o mangá *-*

      Kiss

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  3. Só vejo Hinata e só Hinata que vejo shausahu Na verdade, tenho que lembrar de sequestrar ela, usar o raio encolhedor e prender ela em uma caixinha, ela é uma versão minha surtada, feminina e fujoshi >////<
    Ufa ~ Que shipp complexo! O único mal é que o que eu estava pra comentar, ou você falou no post ou então está no comentário da Hinata, que frustrante desu ~

    Diário de uma Otome

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    1. Ah, refere-se à questão do esteriótipo? Entendeu certo, no anime (e no começo do mangá), o Shion parecia mesmo um daqueles ukes bem franzinos e inocentes, mas na nove e no final do mangá, vê-se que não é nada assim e que ele tem uma personalidade fortíssima, tanto é que algumas pessoas que leram as novels consideram-no mais seme que ao Nezumi, embora a maioria das pessoas fale de um casal reversible. Haha, mas eu sei que não é isso que mais lhe importa, são só algumas noções básicas de yaoi mesmo >.<

      E pronto, como eu adoro o quanto Nezushi é uma relação madura, nada "adolescentes modernos apaixonadinhos", com muita partilha, apoio e dificuldades, sinto que é o tipo de coisa que merece mais representação, e não só nos animes.

      Quanto ao que disse da Hinata, não poderia concordar mais ^^

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  4. Primeiro eu gostaria de me desculpar por estar comentando em todos os seus postes antigos, eu eu não consigo me segurar diante de um texto como esse.
    ...
    Eu estou emocionada, sério. A sutileza do seu texto me deixou a beira de lágrimas. Eu sempre tive um pensamento parecido (apesar de nunca conseguir expressá-lo encantadoramente como você fez), sobre relacionamentos superficiais que parecem só existir pelo prazer de ostentar ou pela necessidade\obrigação de ter e isso me entristece. Realmente, o relacionamento de Nezumi e Shion é único e isso é o que o torna tão especial. Seja amantes, amigos, cúmplices (ou simplesmente duas pessoas que querem estar juntas), apenas o sentimento simples e cru, sem definição. Simplesmente dois "alguéns" conectados pelo afeto.

    MEU DEUS! ISSO FOI LINDO!

    Nova meta de relacionamento: Nezushi (boatos que morrerei sozinha, mas não sucumbirei a pressão, esperarei fiel o meu alguém)

    Que vontade de tomar um café com você enquanto viajamos nesse universo maravilhoso de No.6.
    Uma pena que estejamos separadas por um Oceano Atlântico (sim, sou do Brasil, muito prazer)
    Por que as pessoas mais legais estão sempre mais distantes?

    Enfim, excelente texto.
    Obrigada por compartilhar :)

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